quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Terra Quente Transmontana!!!!

A Terra Quente Transmontana, área da Intervenção da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, é constituída pelos Concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor. Situa-se na confluência das sub-regiões do Alto Trás-os-Montes e do Douro, banhada pelos rios Sabor, Tua e Douro, assumindo assim características e dinâmicas próprias em termos de modo de vida. Constituindo uma área de 2225,1 km2, está servida pelo IP2 que liga ao interior do país, e pelo IP4 que faz a ligação a Norte (Bragança e Espanha) e à rede de auto-estradas (A4-Porto e litoral Norte).
A Terra Quente Transmontana é constituída por fossas tectónicas (Mirandela e Vale da Vilariça) e por vales de erosão profundos (sabor e Douro Superior) encastrados na meseta ibérica. As Serras de Bornes e de Orelhão ou dos Passos, são os dois acidentes de relevo com maior destaque.
Este conjunto orográfico confere-lhe características climáticas muito genuínas, relativamente às restantes zonas da região transmontana. Assim, a Terra Quente Transmontana é caracterizada por um clima com Verões muito quentes, secos e prolongados que determinam uma vegetação e uma agricultura tipicamente mediterrânica. A estação fria é também muito marcada, com um elevado número de geadas anuais, sendo as estações intermédias da Primavera e Outono relativamente curtas em termos climáticos.
Os solos são predominantemente pouco profundos, com origem em rochas xistosas, ácidos e com baixos teores de matéria orgânica. A agricultura tem, na região, um peso muito significativo, caracterizada por uma estrutura de minifúndio e tipicamente familiar, permitindo, ainda assim, a produção de variados produtos agrícolas, de entre os quais se salientam a cereja em Alfândega da Fé, a maçã e a uva em Carrazeda de Ansiães, a castanha em Macedo de Cavaleiros e a azeitona em Mirandela e Vila Flor. Destacam-se ainda os produtos hortícolas do vale da Vilariça. Na pecuária predominam os ovinos e caprinos, produzindo carnes e queijo com menção protegida.

A Região Hoje

Nos últimos anos, nos Municípios da Terra Quente Transmontana, verificou-se um aumento da dinâmica empresarial, em muito devido à existência, cada vez maior, de mão-de-obra qualificada. Esta dinâmica está patente no crescimento das empresas, quer em dimensão quer em número, assim como no aumento dos postos de trabalho.
A base empresarial da região, assenta sobretudo na Agricultura, Indústria Extractiva, Indústria Transformadora, Restauração e Hotelaria, Transportes, Armazenagem, Comunicações, e Serviços. Contudo, têm especial destaque as actividades agro-industriais de exploração de produtos de base regional e tradicional, com crescente qualidade, e cada vez mais, com visibilidade nacional.
A Terra Quente Transmontana apresenta um enorme potencial turístico, na medida em que é um território com um vasto e rico património histórico, cultural, arquitectónico e ambiental, que atraem cada vez mais visitantes. Destacam-se vestígios de civilizações passadas, assentes numa paisagem que nos remete para um passado histórico e cheio de tradições. Em termos ambientais, merecem destaque a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo e os sítios inseridos na Rede Natura 2000.
Toda esta oferta turística, é potenciadora, de um aumento no investimento para fomentar o crescimento da oferta hoteleira, registando-se já a existência de alguns espaços de Turismo Rural, Turismo de Habitação e Agro-Turismo. Para a qualificação dos recursos humanos deste sector económico, contribui o ensino profissional e superior na área de turismo.
Nos Municípios da Terra Quente Transmontana a oferta académica é disponibilizada pelo Instituto Politécnico de Bragança e pelo Instituto Piaget, quanto ao Ensino Profissional, embora a oferta não seja muito vasta, tem registado um aumento de procura. A área de ensino revela alguma especialização regional na oferta de cursos, nomeadamente em actividades ligadas ao Sector Primário, tendo registado um crescimento do número de alunos.
A existência de instituições de ensino superior e ensino profissional, surge como uma oportunidade do aumento da qualificação da população, apresentando-se ainda a importância destas, como parceiros no que concerne à inovação e possibilidade de parcerias, dos sectores de actividade em que estas instituições têm particular incidência, nomeadamente a agricultura e o turismo.

Os Portugueses e a Soberania Alimentar de Portugal precisam da Agricultura Familiar Transmontana e Duriense

1 - A revisão e reprogramação do PRODER, Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013, desde logo para as Medidas Agro-Ambientais, de forma a apoiar mais e melhor as explorações Agrícolas Familiares e o Mundo Rural; Imediata aprovação dos projectos de investimento, com particular ênfase para os projectos de Jovens Agricultores; Inclusão nas fileiras estratégicas a produção do leite e carne; Alteração urgente às erradas opções do PRODER que ao invés de considerar as explorações familiares ,a produção nacional e os mercados locais e regionais como sectores estratégicos do ponto de vista social económico e ambiental, insiste teimosamente em conceder os apoios virados exclusivamente para a "competitividade" e sistemas intensivos. É necessário o reforço das condições de apoio ao investimento na Floresta de uso múltiplo e a redução da área mínima actualmente exigida (25ha) para os projectos de investimentos; Aumento da comparticipação pública em todos os investimentos produtivos na área florestal.
2 - Pagamento aos agricultores das áreas forrageiras consideradas pobres, nas Ajudas para a Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, a exemplo do que sempre aconteceu e como acontece na nossa vizinha Espanha;
3 - Readmissão dos quadros do Ministério da Agricultura que foram colocados no quadro da mobilidade, situação que está a provocar dificuldades de resposta por parte dos Serviços Regionais, como por exemplo o atraso nos pagamentos da campanha de 2007 a centenas de agricultores que foram seleccionados para controlo; a falta de capacidade em assumir as suas responsabilidades no âmbito da floresta, área comunitária, viveiros e sementes certificadas;
4 - Defender a recolha de leite em toda a região Transmontana significa estar contra a recente reforma da OCM do leite que entre outras medidas pretende abolir o sistema de quotas à produção introduzindo mais insegurança, que para a região do Planalto Mirandês, Alto Tâmega e o vale da Câmpea significa uma verdadeira ameaça desta importante produção estratégica regional. Assistimos ainda a pressões ( empresas que operam no sector) abandonarem a recolha de um dia para o outro, criando uma verdadeira angústia aos produtores, destes, terem que ficar com o leite nos seus tanques; Constatamos ainda à descida dos preços à produção, numa altura em que assistimos a subidas exponenciais dos principais factores de produção, contribuindo desta forma para a quebra do rendimento dos agricultores e produtividades.
5 - O aumento do "benefício fiscal", mais conhecido por "subsídio" ao Gasóleo Agrícola e a reposição da ajuda à electricidade Verde (ajuda na base de 40% do consumo das explorações agro-pecuárias) são medidas que o Governo deve tomar urgentemente.
6 - Uma sanidade animal efectivamente apoiada, para não se passar aquilo que está a acontecer com a doença da Língua Azul, que para além do encerramento das feiras e restrições dos animais, por cada deslocação do veterinário a uma qualquer exploração são cobrados mais de 20 euros não obstante a subvenção pública dada às OPPs.
7 - É urgente a criação e o apoio a mecanismos expeditos de escoamento dos principais produtos da região (ex: carne bovino, ovino e caprino , batata e vinho) de forma a sustentar os vários modelos agro -pecuários regionais e obter melhores preços na Produção;
8 - Combater firmemente a especulação de preços das rações, adubos, pesticidas e outros factores de produção, assim como a sua eventual cartelização.
9 - Levantamento imediato das garantias bancárias celebradas para efeito da apresentação dos Projectos VITIS (situações que já deveriam estar resolvidas em muitos casos à mais de 1 ano), bem como a criação de um crédito de campanha bonificado com um prazo de carência suficiente para que as adegas possam pagar aos seus associados.
10 - Redução das contribuições mensais dos agricultores para a Segurança Social, cujo valor é de mais de 200 euros (sobre 1,5 do SMN - descontando como patrão e empregado), valor este, que não se adequa ao baixo rendimento das explorações familiares. Situação agravada quando os 2 cônjuges estão inscritos levando a que um deles saia, na sua grande maioria mulheres.
11 -Um efectivo controlo das Importações, contribuindo para a diminuição do nosso défice agro-alimentar e melhoria da qualidade alimentar e saúde dos consumidores;
12 - O pagamento aos Agricultores e às Organizações Agro-Rurais de Ajudas e de reembolsos por Projectos de Investimento;
13 - Atribuição de apoios financeiros para a adaptação do processo de licenciamento (REAP) e sua simplificação para as pequenas e médias Explorações Agro-Pecuárias;
14 - O reconhecimento da importância económica, social, cultural e ambiental dos produtos tradicionais, das feiras e dos mercados locais /regionais como factores estratégicos para a manutenção e desenvolvimento do mundo rural.
15 - Uma clara política agrícola de apoio ao nível da PAC e das Políticas Nacionais;
- Com toda a prioridade para a produção de alimentos de qualidade e acessíveis a todos os consumidores;
- Ajudas ligadas ao máximo à produção, "moduladas" e "plafonadas" (com tectos ou limites máximos por agricultor), uma das condições essenciais para o combate à crise que o País atravessa e ao equilíbrio dos nossos défices públicos
Finalmente, os Dirigentes Associativos e suas Associações, entendem como nuclear integrar esta Jornada Regionalizada promovida pela CNA, para que o governo perceba de uma vez por todas que a crise toca a todos os sectores da nossa economia e em particular a Agricultura Familiar Portuguesa. Os apoios não podem nem devem privilegiar apenas os senhores dos grandes Bancos e das multinacionais. O Governo deve olhar com olhos de ver para o sector primário que apesar das fortes reduções dos últimos anos, ainda emprega muitos milhares de agricultores e agricultoras e que na região é inquestionavelmente a par de outros um sector estratégico que promova o seu desenvolvimento.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Agricultores transmontanos em protesto

 Em causa o aumento do preço dos combustíveis
Cerca de uma centena de tractores deslocaram-se em marcha lenta quarta-feira, dia 2, pelas ruas da cidade de Chaves e seguiram em direcção à fronteira de Vila Verde de Raia.
Os agricultores transmontanos protestaram contra o aumento do preço dos combustíveis e a subida generalizada dos custos dos factores de produção.
“O movimento associativo regional decidiu sair à rua com os seus agricultores e as suas máquinas para, de uma vez por todas, dizer ao Primeiro-Ministro, ao governo e à comunidade que é altura de pararem com estas políticas que estão a arruinar e a liquidar milhares de explorações”, afirmou o dirigente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Armando Carvalho.
Na opinião do dirigente da CNA, há “um défice agro-alimentar muito grande” que implica que o governo apoie “o sector leiteiro, o da carne, das batatas, dos cereais, do vinho e do azeite que são culturas estratégicas para a sustentação da agricultura nesta região”.
“A política que tem sido seguida a nível nacional e comunitário está a afastar-se cada vez mais da tipologia das explorações agrícolas da região, está-se a colher interesses que não são de uma agricultura de carácter familiar”, criticou.
Sílvio Pinheiro, agricultor de Valpaços queixou-se da falta de escoamento da produção. “O senhor Ministro diz para produzirmos muito e depois ficamos com os nossos produtos dentro dos armazéns. A maior parte das vacarias não aguentam o preço das rações, nem o preço do gasóleo. Quem está a produzir carne estão mesmo na avenida da ruína.”
Para Paulo Videira, produtor de leite em Montalegre, os custos de produção “estão enormes e não há rentabilidade possível”. Já Carlos Cardoso, veio de Vila Pouca de Aguiar para se juntar ao protesto porque aquilo que produz “não chega”. “Assim não podemos trabalhar, praticamente acabamos por ter prejuízo”, concluiu.
A Federação das Associações Agro-florestais Transmontanas, cooperativa Norte-Leite, Associação Arribas do Douro, Associação Distrital dos Agricultores de Bragança, Associação de Agricultores de Valpaços, Associação dos Produtores Transmontanos e a delegação regional da CNA estiveram na organização do protesto.

Agricultura Transmontana produz 700 milhões

O Director Regional de Agricultura, Carlos Guerra, considera surpreendentes os números de produtividade entre 1999 e 2004 do sector agrícola em Trás-os-Montes e Alto Douro, considerando que não está em crise, pois produz anualmente 700 milhões de euros e nos últimos cinco anos recebeu 100 milhões de euros de ajudas comunitárias.
A crise de que se fala geralmente é explicada por Carlos Guerra como uma questão cultural e sociológica. “Os transmontanos não estão habituados a imaginar o que representa a produção agrícola”, afirmou, acrescentando que a vida dos agricultores é muito melhor do que há 20 anos, o que faz com que a agricultura seja o sector mais lucrativo da região. O vinho, a castanha, a amêndoa, o azeite e a maçã, são os produtos que geram maior riqueza. Em Trás-os-Montes, existem 3500 sociedades agrícolas, e é o maior produtor de coelhos da Europa, sobretudo em Chaves. É também a zona mais dinâmica do país em termos de apresentação de projectos a fundos comunitários e impulsiona actividades como o Turismo. Na época da amendoeira em flor a hotelaria esgota a sua capacidade. Aquele responsável considera que existem oportunidades de desenvolvimento ao nível da produção de castanha, porque é um sector auto-sustentável que não precisava de subsídios para se aguentar, ao nível do olival e do vinho. Para Carlos Guerra falta fazer ainda muito ao nível da transformação e comercialização, pois os produtos são maioritariamente vendidos em bruto. Os vinhos licorosos exportados equivalem a uma receita de 188 milhões de euros, mas são exportados mais de 300 milhões em bruto. Há uma margem significativa que não fica na região. Em termos da eficácia e do profissionalismo dos agricultores a região é um “exemplo nacional” garante Carlos Guerrara Transmontana produz 700 milhões


O Director Regional de Agricultura, Carlos Guerra, considera surpreendentes os números de produtividade entre 1999 e 2004 do sector agrícola em Trás-os-Montes e Alto Douro, considerando que não está em crise, pois produz anualmente 700 milhões de euros e nos últimos cinco anos recebeu 100 milhões de euros de ajudas comunitárias.
A crise de que se fala geralmente é explicada por Carlos Guerra como uma questão cultural e sociológica. “Os transmontanos não estão habituados a imaginar o que representa a produção agrícola”, afirmou, acrescentando que a vida dos agricultores é muito melhor do que há 20 anos, o que faz com que a agricultura seja o sector mais lucrativo da região. O vinho, a castanha, a amêndoa, o azeite e a maçã, são os produtos que geram maior riqueza. Em Trás-os-Montes, existem 3500 sociedades agrícolas, e é o maior produtor de coelhos da Europa, sobretudo em Chaves. É também a zona mais dinâmica do país em termos de apresentação de projectos a fundos comunitários e impulsiona actividades como o Turismo. Na época da amendoeira em flor a hotelaria esgota a sua capacidade. Aquele responsável considera que existem oportunidades de desenvolvimento ao nível da produção de castanha, porque é um sector auto-sustentável que não precisava de subsídios para se aguentar, ao nível do olival e do vinho. Para Carlos Guerra falta fazer ainda muito ao nível da transformação e comercialização, pois os produtos são maioritariamente vendidos em bruto. Os vinhos licorosos exportados equivalem a uma receita de 188 milhões de euros, mas são exportados mais de 300 milhões em bruto. Há uma margem significativa que não fica na região. Em termos da eficácia e do profissionalismo dos agricultores a região é um “exemplo nacional” garante Carlos Guerra

AANT-Associação de Agricultores do Nordeste Transmontano

Protecção IntegradaProtecção Integrada

A aplicação incorrecta e sistemática de produtos fitossanitários tem contribuído para o desequilíbrio do ecossistema agrário, para um aumento da poluição do ambiente, para o aparecimento de fenómenos de resistência e efeitos secundários indesejáveis. Assim, a Protecção Integrada das culturas é aquela que tem por objectivo contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas agrários através da limitação natural dos organismos nocivos e de outros meios de luta apropriados que satisfaçam as exigências económicas, ecológicas e toxicológicas por forma a que os inimigos das culturas não ultrapassem intensidades de ataque que acarretem significativos prejuízos económicos.

A protecção integrada não só procura diminuir os efeitos poluentes dos pesticidas na agricultura, mas também constitui uma moderna tecnologia de protecção das plantas que proporciona mais segurança ao agricultor e melhor qualidade aos produtos agrícolas, da maior importância numa época em que se reforçam as preocupações de segurança alimentar e aumenta a procura, pelas “Donas de casa”, dos produtos ecológicos.

De facto, com a protecção integrada procura-se reduzir ao mínimo as intervenções nos ecossistemas, privilegiam-se os métodos biológicos, culturais e biotécnicos, recorrendo-se aos químicos só quando indispensável, mas proibindo a utilização de pesticidas:

- muito tóxicos e tóxicos (os da caveira) para o homem e animais domésticos;
- muito tóxicos e tóxicos para os auxiliares;
- Com graves riscos de contaminação da toalha freática;
- Com graves risco de provocar resistência nos inimigos das culturas;


Procura-se também:
- assegurar a cuidadosa e eficiente utilização das técnicas de protecção e a redução dos riscos de elevada poluição do ambiente;
- e o reforço da segurança do agricultor ou de outro aplicador de pesticidas.


A Associação de Agricultores do Nordeste Transmontano está reconhecida como Associação de Protecção Integrada desde 13/02/1998 para as culturas de pomóideas, prunóideas, vinha e citrinos e desde 13/11/2001 para a cultura do olival. Estamos também reconhecidos desde Janeiro de 2005 para a Protecção Integrada em Figueira e Frutos Secos. Faça-se sócio e adira à Protecção Integrada, aproveitando os seus benefícios e as ajudas que estão ao seu dispor.



Produção Integrada

Produção IntegradaA produção integrada, foi defenida em 1993, pela Organização Internacional de Luta Biológica e Protecção Integrada, através da sua Secção Oeste Paleárctica (OILB/SROP), como um sistema agrícola de produção de alimentos de alta qualidade e outros produtos utilizando os recursos naturais e os mecanismos de regulação natural em substituição de factores de produção prejudiciais ao ambiente e de modo a assegurar, a longo prazo, uma agricultura viável.

Os objectivos da produção integrada são:

- promover uma actividade cultural que respeite o ambiente, seja economicamente viável e consentânea com as suas múltiplas funções, nomeadamente de carácter social, cultural e recreativo;
- assegurar uma produção sã e a obtenção de produtos de alta qualidade; reduzir ao máximo o teor de resíduos;
- proteger a saúde dos agentes da produção durante a manipulação dos factores de produção;
- fomentar e manter grande diversidade biológica no ecossistema e na sua vizinhança;
- utilizar prioritariamente os recursos e mecanismos de regulação naturais;
- conservar e favorecer o equilíbrio no solo a longo prazo;
- minimizar a poluição da água, do solo e do ar.



Formação Profissional

Com a realização de acções de formação profissional pretendemos fazer face às necessidades existentes na nossa região, por forma a qualificar profissionais do sector, que pretendam instalar-se no sector agrícola e aprofundar e melhor os conhecimentos e técnicas daqueles Formação Profissionalque já se encontram instalados, criando incentivos para a fixação de pessoas no interior do país.

Promovemos acções de:

Operadores de máquinas agrícolas;
Podadores de videiras;
Protecção integrada da vinha;
Protecção integrada do olival;
Protecção integrada de prunóideas;
Produção integrada da vinha;
Hortofloricultura;
Aplicação de produtos fitofarmacêuticos;
Produção Integrada do olival;
Protecção Integrada em Figueira e Frutos Secos;
Técnicas de vinificação;
Conservação, clarificação e estabilização de vinhos;
Enxertia da vinha.




Apoio aos agricultoresSubsídios agrícolas

Medidas agro-ambientais
Gasóleo agrícola
Declaração de cultura do olival
Pedido de ajuda à produção do azeite
Indemnizações compensatórias
Pedido de Ajuda "Animais"
Declaração de colheita e Produção
Declaração de existências de produtos vínicos




Apoio técnico ao agricultor

Apoio Técnico aos agricultoresO Associativismo Agrícola é fundamental para a modernização e desenvolvimento da agricultura portuguesa. A AANT possui de um corpo técnico ao dispor dos seus associados, para o acompanhamento e resolução das questões relacionadas com a sua actividade. Nomeadamente através de:

- assistência técnica nas mais diversas culturas, através de visitas periódicas ás explorações dos associados
- recolha de amostra de solo/plantas para análise
- organização de sessões de esclarecimento sobre a actividade agrícola
- elaboração de um boletim trimestral com informações relevantes do sector agrícola e artigos técnicos.


Deste modo pretende-se contribuir para:
- a melhoria dos rendimentos agrícolas e das condições de vida, trabalho e de produção;
- a manutenção e reforço do tecido económico e social das zonas rurais;
- a promoção do desenvolvimento de actividades e práticas potenciadoras do aproveitamento das condições edafo-climáticas regionais;
- a preservação e melhoria do ambiente.

Em defesa dos rendimentos dos agricultores

Centenas de agricultores, compartes e pastores transmontanos, mobilizados pelas suas Associações, correspondendo ao apelo da CNA, vão participar massivamente amanhã na concentração nacional na abertura da feira Agrovouga na cidade de Aveiro.
Apesar das reclamações e dos protestos públicos que a CNA tem desenvolvido nos últimos tempos, chamando à atenção para os graves problemas com que estão confrontados os agricultores e a agricultura portuguesa; não obstante o estudo e as propostas que a CNA tem assumido no sentido de fazer parte da solução, o Governo continuou invariavelmente a sua caminhada do mais profundo autismo face à crise latente que perpassa todos os sectores do vinho à carne, do leite aos cereais, do azeite à batata, passando pelas sucessivas subidas dos principais factores de produção, às crescentes dificuldades na comercialização das produções de elevada qualidade agrícolas regionais. Drenado das suas mais-valias, o mundo rural Transmontano tem vindo violentamente a ser empobrecido com a retirada de serviços públicos e atacado pelas sucessivas reformas da PAC. Estas são algumas das boas razões que motivam e que legitimam a acção de protesto na Agrovouga.
É precisamente neste contexto, acrescido dos problemas financeiros com que a sociedade agrícola está confrontada, bem patentes nas medidas de austeridade que o recém- apresentado Orçamento de Estado, que prevemos nefastas consequências para a agricultura e o mundo rural português, desde logo, nas penalizações directas nas áreas sociais, dificuldades no acesso ao crédito e ao desendividamento, na afectação de recursos financeiros ao PRODER, e na manutenção das actuais taxas de execução etc.
Ainda a procissão vai no adro e o Governo acaba por desferir um golpe brutal em toda a fileira do leite ao elevar as taxas de IVA de 6 para 23% para alguns produtos derivados do leite. Vamos certamente verificar, dada a nossa relação de proximidade com a Espanha, um crescente recrudescimento no comércio fronteiriço, dada a taxa lá praticada ser da ordem dos 4 e 8% nestes produtos.
Os milhares de agricultores amanhã presentes na Agrovouga em Aveiro irão aprovar e reclamar solenemente do Governo:
Que os agricultores sejam remunerados pelo seu trabalho, que tenham acesso a preços compensadores e ao mercado;
Maior contenção dos aumentos especulativos dos principais factores de produção;
Melhor distribuição das ajudas públicas sem burocracia e sem delongas, incluindo os apoios aos incêndios;
Reformulação do Programa de Desenvolvimento Rural – PRODER, com prioridade para as explorações familiares e produção nacional, no cumprimento do seu desígnio primário de desenvolvimento rural;
Apoio efectivo ao investimento na floresta e em particular aos baldios dado ser um sector estratégico e muito penalizado no actual Programa de Desenvolvimento Rural.
Queremos Produzir. A independência agro-alimentar e a soberania do País só se defendem com o aumento da Produção Nacional. A Agricultura Transmontana pode contribuir decisivamente para o aumento da riqueza do País e dar uma forte contribuição na redução do défice agro-alimentar Português, assim o Governo e as politicas comunitárias o permitam

Agricultores transmontanos pedem mais apoios

Cerca de 700 agricultores transmontanos participaram ontem numa concentração nacional de agricultores, marcada para a abertura da feira Agrovouga, em Aveiro. A iniciativa da Confederação Nacional de Agricultura teve como objectivo a defesa dos rendimentos e da agricultura nacional.

O presidente da Federação de Associações Agro-Florestais Transmontanas, Armando Carvalho, explica as razões que levaram os agricultores da região a Aveiro:

“Continuamos a ser confrontados com aumentos sucessivos dos principais factores da produção – o gasóleo, a electricidade, as rações, adubos e pesticidas que não param de subir. Continuamos a não ter uma resposta do ministro da Agricultura, relativamente aos incêndios do último Verão – a região de Trás-os-Montes, não obstante ter sido muito afectada continua à espera de uma alteração do despacho do ministro para integrar várias culturas afectadas”.

Israelitas vão mostrar aos agricultores transmontanos como se rega com pouca água


Os agricultores transmontanos vão conhecer durante esta semana as mais avançadas tecnologias de regadio desenvolvidas por israelitas que conseguiram, com pouca água, transformar zonas desérticas em produtivas terras agrícolas.

"Com menos água do que nós, eles conseguem fazer maravilhas", disse à Lusa Fernando Brás, dirigente da Associação de Agricultores de Trás-os-Montes, a promotora desta iniciativa, que é apoiada pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.
Uma comitiva de técnicos, empresas e representantes do governo israelita vão visitar, entre segunda-feira e sábado, as zonas transmontanas de maior produção agrícola e fazer demonstração de técnicas para regadio. Durante esta semana terão lugar também reuniões de trabalho e conferências com organizações de produtores, regantes, e empresas de comercialização de produtos agrícolas.

Israel não tem a abundância de rios e lençóis de água doce como a região Transmontana, mas conseguiu tornar produtivas terras áridas, com pouco quantidade de água, um bem que por ser escasso se tornou, no Médio Oriente, precioso, e motivo de conflito entre povos. Pomares e culturas hortícolas germinam no deserto graças a técnicas que tornaram os israelitas pioneiros na gestão e utilização da água e tecnologias para regadio. Segundo o dirigente transmontano, cinco empresas e técnicos daquele país vão fazer demonstrações das soluções existentes para maximizar os recursos hídricos e adaptar os sistemas de rega às reais necessidades.
Um ano excepcional

Estas acções acontecem num ano excepcional para os agricultores, em que as barragens estão cheias, garantia de que não há falta de água, apontada como principal impedimento da exploração de todas as potencialidades agrícolas da região. A questão com que vão ser confrontados os agricultores é se haverá realmente falta de água ou se será possível racionalizar a que existe e diminuir os custos com o regadio. Um sensor de humidade pode ser o suficiente para poupar água num sistema de rega, permitindo desligar o mecanismo quando o solo estiver suficientemente irrigado.

Este exemplo foi apontado por Fernando Brás, que é também presidente da junta de regantes do Vale da Vilariça, um dos mais férteis do país, onde centenas de agricultores se queixam frequentemente da falta de água. O vale é irrigado por duas barragens e uma terceira encontra-se em enchimento e irá permitir a duplicação da área de regadio até aos dois mil hectares.

Fernando Brás questiona-se se não será possível gerir este perímetro de rega electronicamente, a partir da sede da associação, aproveitando as tecnologias existentes. Esta solução ou outras, como a activação dos sistemas via telemóvel, diminuem também os custos com o regadio, já que deixaria de ser necessário activar manualmente e em cada exploração os sistemas de irrigação.

Sensibilizar os agricultores para estas questões é a finalidade da deslocação da comitiva israelita durante uma semana a Trás-os-Montes e Alto Douro. Os técnicos israelitas vão visitar barragens e explorações e contactar com organizações e produtores na Vilariça, em Mirandela, Valpaços, Vila Nova de Foz Côa e Armamar.

Agricultores transmontanos protestam em Chaves

O peso da agricultura transmontana

Lavoura de Trás-os-Montes é a terceira maior do País, segundo dados do INE e do IFADAP

Talvez não saiba, mas Trás-os-Montes é uma das zonas do País com maior número de jovens agricultores, apesar da desertificação que alastra nas aldeias e do envelhecimento da população.

Além do número dos jovens transmontanos, o peso da região no quadro agrícola nacional também se mede em cifrões. Ou seja, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a 2000, Trás-os-Montes consolidou o segundo lugar nas contas económicas das agriculturas regionais, com um volume de negócios de 435.040.000 euros. Este valor só é suplantado pela lavoura da região de Lisboa e Vale do Tejo, onde os agricultores facturaram 723.200.000 euros. Já os produtores do Alentejo e de Entre Douro e Minho ficaram-se pelos 384.880.000 e 268.270.000 de euros, respectivamente.
Acresce que dados da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes (DRATM) dão conta de aumentos significativos no valor da lavoura da região, no período 2000-2004.
Entre ajudas à produção, candidaturas aos programas Agro/Agris/Ruris/Vitis, medidas agro-ambientais, venda de principais produções agrícolas, agro-indústria transformadora e produção pecuária, calcula-se que os agricultores transmontanos tenham movimentado qualquer coisa como 3.751.115.400 euros. Isto é, uma média de 750.223.000 euros por ano, valor que não tem paralelo em qualquer sector de actividade com expressão na região.

Lavradores em maioria

Outro dos factores que dá conta do peso de Trás-os-Montes no contexto da região Norte é a percentagem de agricultores e o número de explorações existentes.
foto
Entre Douro e Minho conta com 3.242.107 de habitantes, dos quais 248.443 são agricultores. Já em Trás-os-Montes, 196.960 pessoas dedicam-se à agricultura, num universo de 445.186 habitantes.
Em percentagem, a lavoura ocupa 44,2 por cento da população transmontana, enquanto na região de Entre Douro e Minho absorve, apenas, 7,6 por cento dos habitantes.
No que toca a explorações, Trás-os-Montes também leva vantagem, com 70.006 unidades produtivas, contra 65.546 em Entre Douro e Minho.
No quadro da agricultura nacional, dados do IFADAP também colocam os lavradores transmontanos no top dos investimentos ao abrigo do PPDR 1997-1999 (ver quadro 3).
Com 295 projectos candidatados, a região arrecadou 7.869.500 euros, correspondestes a 20,1 do investimento realizado no País no âmbito do PPDR, percentagem que só encontra paralelo na Beira Interior (com 19,9%) e Alentejo (19,6%).

Transmontanos recebem menos

Relativamente ao Programa de Apoio à Modernização da Actividade Florestal 1994-1999, vulgo PAMAF, os números do IFADAP levam a crer que Trás-os-Montes foi a terceira região do País onde o sector conheceu maiores investimentos, a seguir ao Alentejo e Ribatejo e Oeste.
Situação semelhante sucede com a aplicação das verbas dos programas Agro, Agris, Vitis e Ruris, no triénio 2001-2003, em que só os agricultores ribatejanos e alentejanos receberam mais do que os seus colegas transmontanos.
Nas ajudas à produção, Trás-os-Montes passou de quarta a terceira região a receber mais, após ter suplantado os lavradores de Entre Douro e Minho no biénio 2002-2003.
Tal como nos programas atrás referidos, Ribatejo e Oeste, a par do Alentejo, são as zonas do País que absorvem mais subsídios, sendo que os lavradores das planícies estão em clara vantagem. De acordo com o relatório do INGA relativo a 2003/2004, 25.705 agricultores do Alentejo arrecadaram 258.660.000 euros em ajudas à produção, enquanto 14.680 produtores do Ribatejo receberam 71.831.000 euros. Em Trás-os-Montes, a produção de 52.546 homens da terra foi apoiada em 62.285.000 euros. Fazendo as contas, cada agricultor transmontano recebe menos do que os seus congéneres ribatejanos ou alentejanos, situação que pode ser explicada com a dimensão da propriedade, já que as ajudas à produção também variam consoante a área do terreno.
Estes são alguns dos números que dão conta do peso da agricultura de Trás-os-Montes, uma região marcadamente rural.

Agricultura transmontana pode ajudar Portugal a sair da crise!!!

A aposta na agricultura transmontana é fundamental para ajudar Portugal a sair da crise em que se encontra. A convicção é da CDU, que exorta o Governo a apostar mais na produção nacional para evitar ter de ir comprar bens essenciais ao estrangeiro.
 
A região é propícia à produção agrícola mas precisa de algumas reformas como constatou, este fim-de-semana, João Ferreira, eurodeputado comunista.
 
“Portugal tem, apesar de tudo, as potencialidades para superar a situação difícil em que se encontram, assim haja uma aposta na agricultura e na produção nacional, que permitam corrigir os défices alimentar, energético e tecnológico. Temos cá os recursos humanos e os naturais.”
 
Integrada na iniciativa Portugal a produzir, João Ferreira visitou explorações de pecuária, olivais, vinha e soutos, da região transmontana.
 E reforçou a convicção de que a agricultura tem sido esquecida na região pelos responsáveis políticos.
“O país vive aquém do que são as suas potencialidades. A produção do azeite, a pecuária, têm um potencial tremendo. Mas faltam apoios nalguns sectores, como na comercialização.”
 Por isso, o eurodeputado comunista deixa algumas das propostas que vai levar ao Parlamento Europeu.
“Medidas no plano da reestruturação fundiária, que aqui teriam de passar por um apoio à associação de proprietários, para dar passos rumo ao emparcelamento. Medidas de apoio que procurassem uma utilização mais eficaz de instrumentos de apoio, como o PRODER.”
 
E numa região de fronteira, em que os produtores têm de concorrer com os preços mais baixos de que beneficiam os seus vizinhos espanhóis na electricidade, combustíveis e adubos, é preciso que o Governo tenha especial atenção e adopte algumas medidas de apoio aos agricultores transmontanos.
 
“O Estado tem à sua disposição um conjunto de instrumentos no plano fiscal, do apoio nos factores de produção. E estamos a falar de produtos que a própria industria nacional poderia produzir.”
 As propostas de João Ferreira, eurodeputado comunista, para a agricultura transmontana.

Agricultura transmontana preocupa deputado europeu

O deputado europeu João Ferreira, eleito pelo Partido Comunista, está preocupado com o futuro da agricultura transmontana e pede à Comissão Europeia que adopte medidas especificas, nomeadamente para o sector do olival e para a criação de raças bovinas autóctones.
Depois de uma visita à região, o deputado constatou que, por exemplo, no que diz respeito ao olival da Terra Quente, se por um lado o predomínio da pequena e média propriedade, de regimes de produção extensiva e do cultivo de variedades tradicionais autóctones garantem um azeite de alta qualidade, por outro, levam a que os custos de produção sejam “significativamente superiores aos dos regimes de produção intensiva e muito intensiva com os quais competem no mercado”.
Uma realidade que os agricultores têm vindo a denunciar e que João Ferreira quer ver debatida na Comissão Europeia. O deputado questiona quais os programas comunitários que podem ser mobilizados para apoiar a comercialização do azeite transmontano, de modo a afirmar a sua qualidade e diferenciação face a outros azeites disponíveis.
João Ferreira quer, ainda, saber se existem apoios específicos para promover o cultivo de variedades autóctones de olival, ou se podem vir a ser criados, até como forma de promover a diversidade genética e combater a uniformização da produção.
Outro dos assuntos que o parlamentar quer ver em debate é a questão dos apoios à criação de raças bovinas autóctones, particularmente no caso dos pequenos e médios produtores. É que, segundo afirma, “os incentivos disponíveis não são suficientes face às perdas de rendimento que essa opção frequentemente acarreta”. João Ferreira quer saber que apoios específicos podem vir a ser dirigidos para este sector e que apoios comunitários poderão beneficiar as Associações e Cooperativas de produtores.

Agricultores transmontanos, um exemplo de envelhecimento activo?

Os agricultores transmontanos são um exemplo de envelhecimento activo e há muito tempo aplicam a fórmula com que se pretende salvar as reformas das gerações futuras, segundo as conclusões de um estudo divulgado hoje, em Bragança.
A autora, Sílvia Nobre, uma investigadora do Instituto Politécnico de Bragança, estudou meia centena de casais de agricultores idosos da Terra Fria Transmontana e concluiu que «o seu modo de vida já está em consonância com aquilo que agora se está a dizer que toda a sociedade» tem de fazer.
«Aquilo que se está a pedir agora é que as pessoas trabalhem até mais tarde, que as pessoas tenham reduções nas reformas e complementem os rendimentos. No caso dos agricultores, não se prevêem reduções nas reformas, mas elas já são tão baixas que, no fundo, já se pode considerar que eles estão a operar com uma sustentação mínima do ponto de vista do Estado», afirmou.

Agricultura Biológica

Desvantagens
  • São mais caros que os produtos normais.
  • Existem poucos locais de venda, é preciso andar km para encontrar uma loja!
  • É raro encontrar um restaurante que confeccione refeições apenas com estes produtos

Agricultura Biológica

 
A Agricultura Biológica é um sistema de produção de base ecológica, que recorre ao uso de boas práticas agrícolas com vista à manutenção e melhoria da fertilidade do solo, ao equilíbrio e à diversidade do ecossistema agrícola.

Vantagens da Agricultura Biológica
  • São mais benéficos para a saúde;
  • Provêm de um método de cultivo mais amigo do ambiente;
  • Na sua produção houve controle e certificação;
  • Contribui-se para uma sociedade mais justa e económica;
  • Não são usados OGM na sua produção, (OGM= Organismos Geneticamente Modificados);
  • Os alimentos são mais saborosos;
  • O método de produção respeita o bem-estar animal;
  • São produtos que não contém aditivos prejudiciais;
  • A sua produção dignifica o agricultor e o meio, é dada prioridade às variedades regionais na produção;
  • A longo prazo é a única forma de deixarmos uma herança de orgulho às gerações vindouras
Nos vamos ivoluir não desanimen!!!.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Seguros de colheita

O Ministro da Agricultura terá prometido aos representantes das associações que vai haver alteração aos seguros de colheita. António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes (AOTAD), explica que esta é uma das principais necessidades dos produtores da região. “Neste momento, o seguro de colheita é financiado em 75 por cento pelo Governo mas, cada vez que há uma catástrofe destas, os seguros de colheitas não aparecem”, garante. Aquele dirigente sublinha ainda que há fileiras, como a olivícola, que têm dificuldades de aceder aos seguros pela forma como têm sido feitos. “O que foi transmitido era que os seguros de colheita deviam ser adequados às necessidades dos agricultores e fomos informados de que isso poderia vir a acontecer”, diz. António Branco defende que o modelo de seguros de colheita, actualmente, não traz vantagens para os agricultores. “O que acontece hoje em dia é que grande parte dos agricultores não têm apólice porque em qualquer oportunidade o seguro deixa de ter eficácia. Então, deixa de ser uma vantagem e passa a ser mais uma despesa”, explicou, garantindo que em 2007, aquando das geadas que mataram muitas oliveiras, “foram poucos os olivicultores que foram beneficiados” e, “ainda hoje há agricultores que não receberam” as verbas a que tinham direito, conclui.

Estragos causados pelo mau tempo, estarão, no entanto, por contabilizar

O Ministério da Agricultura não vai activar a medida de apoio, inserida no PRODER, para ajudar os agricultores transmontanos a colmatar os prejuízos com as más condições atmosféricas do último mês, ao contrário do que aconteceu com a região do Oeste. “É uma medida de carácter excepcional, que só pode ser usada em caso de catástrofe natural de grande amplitude, que abranja uma região de vários concelhos que implica uma destruição muito significativa do potencial produtivo num conjunto de culturas”, explicou, em Mirandela, o Ministro da Agricultura. Neste caso concreto, os dados disponíveis pelo Ministério não indicam essa amplitude”, diz António Serrano. No entanto, a Associação dos Agricultores do Distrito de Bragança (ADAB) não ficou muito convencida com este argumento, porque “ainda nem sequer há um levantamento dos prejuízos”, diz o presidente daquela associação. José Pegado não entende esta “dualidade de critérios” na implementação desta medida de apoio. “O problema aqui não foi só o vento, mas também de enxurradas e neve, que minimizou produções de azeite, especialmente na terra quente. E na semana passada houve vento, que danificou estruturas de estufas e estábulos”, refere. Para além disso, José Pegado denuncia que o Ministério atrasou-se nos pagamentos aos agricultores, “levando a que muitos deles deixem de ter as contribuições em dia”. Confrontado com esta situação, o Ministro da Agricultura assume responsabilidades do seu Ministério no atraso do Regime do Pagamento Único (RPU) aos agricultores, referente ao ano 2009. “Houve falta de eficiência dos serviços que não conseguiram ter a programação de modo a permitir fazer os controlos”. No entanto, “penso ser possível fazer os pagamentos até ao mês de Fevereiro”, acrescentou António Serrano, na passada quarta-feira, à saída de uma reunião com os delegados regionais e com representantes de associações de agricultores, no âmbito de um périplo que pretende cumprir pelas várias direcções regionais de agricultura do país.

Agricultura Antiga

A agricultura antiga ou arcaica é aquela caracterizada pela utilização intensiva da força humana e animal nas plantações, é geralmente de subsistência e não usa métodos científicos de organização. Deve ser notado que esta é uma classificação grosseira, pois mesmo antes da Revolução Industrial já existiam vários graus de produtividade agrícola e vários métodos diferentes, uns mais e outros menos produtivos.
Os povos da América pré-colombiana, como os Astecas e os Maias, eram os praticantes da agricultura mais primitiva que se tem conhecimento. Não usavam arados, nem enxadas e muitos menos foices, apenas as mãos e um arado de mão primitivo. Por causa disto, a sua produtividade era bem baixa e, consequentemente, eram quase todos agricultores de subsistência.
Já na Inglaterra e na Holanda do século XVIII e no Império Romano dos séculos I e II, o quadro era significativamente diferente. Eram civilizações que estavam na fronteira entre a agricultura arcaica e a moderna, e utilizavam técnicas agrícolas consideradas hoje em dia modernas, como as técnicas mostradas nos manuais agrícolas de Marco Terêncio Varrão, Marco Pórcio Catão, o Censor e outros. Utilizavam pesticidas, rotação de culturas (na Inglaterra do século XVIII já praticavam rotação de culturas quádrupla), fertilizantes químicos e biológicos, além de colheitadeiras movidas a burro (no caso dos romanos).
Mas todas essas civilizações se utilizavam de algumas técnicas agrícolas consideradas rudimentares em relação às técnicas mais modernas, tais como o uso da enxada, da queimada e o do arado de tração animal, característicos desse tipo de agricultura. Embora ela geralmente não seja capaz de produzir regularmente grandes safras, ela é ainda muito difundida em diversas partes do mundo, especialmente entre os países subdesenvolvidos tropicais. Isso porque as tecnologias empregadas são simples e de baixo custo

Seca na Região da Campanha já chega a R$140 milhões em prejuízo

Porto Alegre - A seca que toma conta da região de Bagé já contabiliza R$140 milhões em prejuízos, com a soma do relatório de mais um município. Os números foram informados ao secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, nesta quinta-feira, quando o secretário se reuniu com representantes de Pinheiro Machado, Piratini, Herval, Pedras Altas, Candiota, Hulha Negra, Bagé e Santana do Livramento.

Em reunião, as autoridades e técnicos apresentaram um relato da situação atual para o secretário e para o subchefe da Defesa Civil do Estado, major Oscar Moiano

Uma das grandes preocupações são os efeitos que serão sentidos na pecuária de corte nos próximos três anos. Na região, as chuvas estão abaixo da média histórica dos últimos 40 anos desde o mês de agosto do ano passado. A estimativa é de que o déficit médio gire em torno de 33%. "Estamos na época do entoure e, devido a falta de alimentos, pelo menos 50% das fêmeas não estão entrando no cio", explicou o agrônomo Erone Londero, do escritório regional da Emater. O técnico aponta que somente em Bagé esta situação irá causar um prejuízo de aproximadamente 31 milhões de reais. "Na próxima primavera nascerão a metade dos terneiros esperados", justifica. Há, ainda, 15% de perda corporal no rebanho.

Na agricultura, a situação também é dramática. No milho, houve redução de 60% na área prevista. No que foi plantado, a expectativa é de que ocorram perdas superiores a 50%. As lavouras de soja e sorgo apresentam uma redução média de 30%, mas Londero estima que poderão ultrapassar a 50%.

A falta de água para o consumo humano também é preocupante. E, ainda, os problemas de saúde que começam a ser verificados, especialmente nos idosos e crianças, que apresentam problemas de vômitos e diarréias, como informou o médico Grabriel Lelis Junior, prefeito de Pedras Altas.

O que é a agricultura intensiva?

Agricultura biológica é aposta municipal em Cantanhede

Beringela recheada, caldo verde, arroz malandro e novilho grelhado com batata, saladas, pão, azeitonas e até espumante. Tudo ingredientes 100% biológicos, quase todos produzidos na Quinta Piloto de Agricultura Biológica, que a Inova-Empresa Municipal está a desenvolver desde 2006 e que vai apresentar hoje durante um almoço biológico.
Alfaces, pepinos, couves, cebolas, pimentos, beterraba de mesa, alho francês, rabanetes, salsa, mangericão, cenoura e rúcola estão já a ser produzidos na quinta que pretende, sobretudo, chegar ao agricultor tradicional e mudar-lhe o hábito do recurso, fácil, a pesticidas e químicos. “O futuro vai dar-nos razão, as pessoas vão perceber que este tipo de agricultura é mais saudável”, afirma Cátia Oliveira, engenheira da Inova.
Valorização da Agricultura Biológica
A ideia de valorizar a produção biológica vai pegando. Numa banca, no mercado de sábado, ou na quinta, os principais clientes são os funcionários autárquicos e “muitas mães que procuram legumes para a sopinha dos bebés”, diz Cátia Oliveira, certa de que quem prova uma alface ou uma cebola biológica já não a troca por outra.
Em terra de agricultores, a luta passa também por desfazer “ideias erradas”. “Temos de combater a ideia de que os produtos biológicos não requerem acompanhamento. Não é só deitar na terra e vê-los crescer. Além disso não são produtos raquíticos e bichados conforme muita gente julga”, sublinha.
O preço é, de facto, mais elevado mas, explica, “em cinco semanas tenho uma alface de 800 gramas, perfeita, porque houve, um enorme cuidado em termos de profilaxia. Aplica-se realmente o provérbio são os olhos do dono que engordam os porcos”.
Vinho Biológico da Quinta do Vale Pequeno
O almoço será acompanhado de vinho tinto e espumante, também biológicos, oriundo da Quinta do Vale Pequeno, em Torres Novas. Foi em 1994 que Luís Mendes, engenheiro agrícola de formação, decidiu “acabar com o círculo vicioso da agricultura, nomeadamente da vinha, toxicodependente” e não se arrepende. Deixou de lado adubos e químicos e promove a fertilidade dos solos apenas com extractos de plantas ou outras soluções ecológicas. E a diferença, diz, nota-a quem prova os seus vinhos e azeite. Artigo do JN

Agricultura Biológica motiva seminário em Faro

O Centro Europe Direct do Algarve realiza, em parceria com o Centro de Documentação Europeia da Universidade do Algarve, um seminário subordinado ao tema “A Agricultura Biológica”, hoje, dia 17 de Novembro, às 14h30, no auditório da CCDR Algarve, na Praça da Liberdade, em Faro.

O seminário conta com a presença dos oradores Luís Neto, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, bem como de António Marreiros e Maria Mendes Fernandes, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve.

Agricultura biológica ou orgânica é o termo usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente modificados.

A agricultura orgânica está diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável.

A agricultura biológica baseia-se numa série de objetivos e princípios, assim como em práticas comuns desenvolvidas para minimizar o impacto humano sobre o ambiente e assegurar que o sistema agrícola funciona da forma mais natural possível.

Na União Europeia e por todo o mundo, os consumidores estão cada vez mais cientes dos benefícios da agricultura biológica, a nível ecológico, ambiental, económico e de saúde.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vila Pouca de Aguiar - Agricultura biológica como factor de atracção


Vila Pouca de Aguiar elege a agricultura biológica como um sector estratégico. Autarquia, técnicos e agricultores têm trabalhado no sentido de desenvolver o sector. Uma das metas é atrair os jovens para uma área que tem poucos apoios financeiros

Agricultura Potuguesa

DEFICIÊNCIAS ESTRUTURAIS : Na agricultura portuguesa Apresenta condicionalismos » baixos níveis de produtividade/rendimento » elevada dependência externa. C. NATURAIS: · Activ. agrícola muito dependente do solo e do clima de uma região. · Maior parte dos solos: pobres e pouco profundos. C. ESTRUTURAIS: · A dimensão e os modos das explorações agrícolas. · Os sistemas de cultivo. · As características da população agrícola. · A utilização de tecnologias agrícolas (processo de modernização condicionado também) REPARTIÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS: Norte e Centro: predominam explorações de pequena dimensão. Ribatejo e Oeste: predominam explorações de grande dimensão. Exploração agrícola: · Conta própria · Arrendamento · Cooperativa: tipo de empresa agrícola que pode encontrar soluções para certos problemas (p.e. escoamento da produção, apoio técnico-financeiro...) » ESTRUTURA FUNDIÁRIA: ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO tendo em conta a dimensão. A estrutura fundiária desordenada com muitas explorações de pequenas dimensões e a excessiva fragmentação com pequenas parcelas afastadas (aumento dos custos de produção » deslocações implicam perdas de tempo, maior desgaste do material e aumento do consumo de combustível) condicionam a introdução de novas tecnologias. PROBLEMAS: 1 - Dimensão média das explorações: Difícil processo de modernização pois predominam os minifúndios. § Minifúndio (pequena dimensão, <5 ha) » predomina em Entre Douro/Minho, Beira Litoral e Madeira. § Latifúndio (grande dimensão, >50 ha) » predomina no Alentejo 2 - Fragmentação das explorações: Nível excessivo. Em Trás-os-Montes é muito elevada, devido à relativa fertilidade dos solos, temp. amena, elevada humidade, relevo irregular, elevada densidade demográfica e elevadas taxas de natalidade e de partilha das terras por herança. No Alentejo é reduzida devido ao clima seco, solos mais pobres, relevo mais regular e fraca densidade demográfica. POSSÍVEIS SOLUÇÕES: 1 – Associativismo: associação de agricultores para maior facilidade na obtenção de apoios técnico-financeiros necessários para a modernização. # Dificuldades: falta de meios técnico-financeiros, forma irregular e pequena dimensão das terras e falta de formação profissional dos agricultores. 2 - Emparcelamento: associação de pequenas explorações para obtenção de parcelas de maior dimensão, possibilitando a utilização rentável das modernas tecnologias agrícolas. # Benefícios: Aumento de – produtividade, rendimento e número de culturas por ano. Diminuição de – tempo e esforços empregues e dos custos de produção. Melhoria/introdução de – condições de vida aos agricultores e novas tecnologias. # Dificuldades: Resistência dos pequenos agricultores que querem ficar com as suas terras e transmiti-las aos seus descendentes (tradição familiar). SISTEMAS DE CULTURA: EXTENSIVO: principalmente nas regiões de Trás-os-Montes e Alentejo. Características: ocupação descontínua do solo, campos regulares, povoamento concentrado, rendimento baixo, solo pouco fértil, produtividade elevada, reduzida mão-de-obra e elevada utilização de máquinas. Predomina a monocultura. INTENSIVO: principalmente nas regiões de Entre Douro/Minho, Beira Litoral, Ribatejo e Oeste. Praticado nas regiões de elevada densidade demográfica com muita pluviosidade, solos férteis e relevo irregular. Características: ocupação intensiva, campos acidentados e separados por vedações, povoamento disperso, muita mão-de-obra, sistemas de rega modernos, elevado uso de fertilizantes, produtividade baixa e rendimento elevado. Predomina a policultura. POPULAÇÃO AGRÍCOLA: envelhecida e com baixo nível de instrução e formação profissional. A região com pop. agrícola mais envelhecida é o Algarve e Alentejo e mais jovem são os Açores. A diminuição da pop. activa agrícola deve-se a: § Progressos tecnológicos. § Êxodo rural » procura de trabalho. § Duplo envelhecimento do sector (decréscimo da população jovem, devido à fraca capacidade atractiva do sector, e aumento do número de idosos). § Redução do número de explorações. O aumento da pop. feminina no sector, sobretudo no norte e centro litoral, deve-se a: § Emigração e êxodo rural masculino. § Aumento da imigração. § Crescente procura feminina da activ. DEPENDÊNCIA EXTERNA deve-se às deficiências da activ. agrícola que condicionam a produtividade e o rendimento. RAZÕES: § Solos pouco férteis e fraca precipitação. § Desajustamento entre as culturas e aptidões dos solos. § Estrutura fundiária muito fragmentada. § Predomínio de agricultura tradicional. § Fraca modernização. § Envelhecimento e baixa instrução/formação profissional da população.